Lixo eletrônico – um problema não só jurídico

27 07 2009

lixo-eletronico1.jpg Se você tem um monte de cabos, celulares e outros aparelhos eletrônicos que não utiliza mais, leia este post e descubra como o mundo jurídico está tratando deste assunto.

Todos sabemos que jogar este material junto com o lixo comum prejudica o meio ambiente, pois estes contém uma espécie de polímero tóxico, dentre outros componentes tóxicos, utilizado para evitar o aquecimento do fio ou do aparelho e isto acaba alcançando o meio ambiente.

O Brasil sofre com a falta de estrutura e legislação para enfrentar esta questão. Uma lei federal, que poderia regulamentar o assunto, tramita desde 1991 na Câmara dos Deputados. (Vai ver eles têm muito trabalho!).

Em São Paulo, lei sancionada agora em julho trata do destino do lixo tecnológico, instituindo que as lojas e empresas são responsáveis pela reciclagem, gerenciamento e destinação final do lixo tecnológico e caso estas não aceitem o material de volta podem responder a penas previstas na Lei de Crimes Ambientais.

O ideal para descartar o material eletrônico usado seria pressionar o fabricante para que ele receba o produto de volta e, se isso não for possível, o melhor é procurar algum lugar que receba doações. Vale lembrar que mesmo que o material esteja guardado em casa se deixar no sol, calor, umidade ou mesmo ao ar livre, o material vai se degradando e soltando pedaços. Dessa maneira, o conteúdo tóxico também é liberado no ambiente.

Em face da rápida de inovação tecnológica dos equipamentos eletrônicos, associada ao alto consumismo da sociedade atual levam a enormes quantidades de materiais eletrônicos que são descartados. Além desse fator, outra característica que motiva este rápido descarte é o fato de que, em geral, a aquisição de um aparelho novo é monetáriamente mais vantajoso que o conserto de um produto usado, o que ocorre é que não há mais o hábito de se utilizar até o completo desgaste, ao primeiro sinal de defeito são substituídos por um novo produto (qualquer semelhança com Admirável Mundo Novo é mera coincidência).

A questão do lixo tecnológico vem sendo discutida pela comunidade internacional, mas ainda não o suficiente, vem se pensando em adotar medidas que evitem ainda mais os danos. O Brasil não tem uma legislação (uma lei federal, que tenha validade no Brasil todo), também não temos estrutura para recolher, reciclar todo o lixo tecnológico que é produzido anualmente, mas e então? Vamos continuar desenfreadamente consumindo, consumindo e gerando sucata eletrônica até não poder mais?

O consumidor também deve entender que participa da produção de lixo e deve perceber que tem responsabilidade pelo resíduo que geral. Se não assumirmos essas responsabilidades agora, vamos transferi-las para as gerações futuras, que terão de remediar todos os danos causados ao meio ambiente.

* Caso você queira se conscientizar e evitar mais danos ao meio ambiente clique aqui e veja 10 dicas para você fazer a sua parte. Dentre as dicas está o uso mais prolongado de seus aparelhos, doação quando for adquirir outro aparelho, reciclar e se informar se o fabricante daquele monitor ou celular oferecem programas de reciclagem.

* Sobre este post visite também este site e saiba mais sobre o Manifesto Lixo eletrônico.


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